A importância do ENXOFRE na adubação
O enxofre é o quarto nutriente mais usado pelas plantas, ficando atrás somente do nitrogênio, do fósforo e do potássio. O reconhecimento do enxofre como nutriente necessário às plantas ocorreu há mais de 200 anos, sua deficiência é fator limitante da produção agrícola.
Função
Atua na composição de dois importantes aminoácidos: cistina e metionina, que realizam a síntese de proteínas, ajudando na produção e enchimento de grãos, na produção de clorofila e na nodulação de leguminosas. Possui papel fundamental na síntese de carboidratos e o aumento na absorção de enxofre eleva também a absorção de outros nutrientes pela planta: nitrogênio, fósforo e zinco, essenciais para seu desenvolvimento.
Por ser tão importante para seus processos metabólicos e para a produção de proteínas, desde o desenvolvimento nos estágios iniciais de crescimento até o enchimento de grãos, é necessário que a planta tenha acesso a enxofre durante todo seu ciclo.
Deficiências
O sintoma de deficiência se manifestam numa clorose geral da planta, não havendo muita diferença entra as folhas mais novas e as mais velhas. Uma redução drástica no conteúdo de clorofila foliar é uma característica típica desta deficiência.
A matéria orgânica representa 50% a 80% da quantidade de enxofre necessária para maioria das culturas agrícolas. Portanto, quanto maior a concentração de matéria orgânica, maior o fornecimento do nutriente. Para grandes produtividades, no entanto, é necessária a provisão de enxofre por meio adubação. As principais fontes de Enxofre utilizadas na adubação são:
- Superfosfato Simples (12% S-Sulfato)
- Sulfato de Amônio (24% S-Sulfato)
- Superfosfato Triplo (1% S-Sulfato)
- Sulfato de Potássio (18% S-Sulfato)
- Gesso Agrícola (16% S-Sulfato)
- Enxofre de Bentonita (90% S-Elementar)
O enxofre somente é absorvido pelas plantas na solução do solo e na forma de S-sulfato, prontamente disponível. Por outro lado, esta forma de enxofre, é muito móvel no solo, e seu fornecimento pode ser interrompido por conta da lixiviação. Estudos indicam que menos de 200mm de precipitação são suficientes para remover este elemento da camada arável do solo, onde existe a maior concentração de raízes.
A utilização de S-elementar, que contém 99% de S, adicionado a fórmulas de
fertilizantes pode ser uma alternativa técnica que resulta em redução dos custos de produção para o agricultor e não perde o nutriente por lixiviação, o que garante maior durabilidade, e fornecimento de nutriente durante todo o ciclo, inclusive no enchimento de grãos, pelo S-elementar oxidado. Quando aplicado ao solo, o S-elementar deve ser oxidado a S-sulfato para que a planta possa absorvê-lo, e sua eficiência agronômica depende de sua taxa de oxidação.
Os principais fatores que afetam a oxidação do S-elementar são:
- a) Micro-organismos: a Oxidação do S-elementar é realizada principalmente por micro-organismos, sendo os mais importantes: organismos quimioautotróficos e heterotróficos, presentes na matéria orgânica.
- b) Matéria orgânica: a concentração matéria orgânica influencia diretamente na oxidação do S-elementar, tendo uma relação positiva, por fornecer substratos como fonte de energia aos micro-organismos.
- c) pH: o efeito positivo do pH mais elevado, está relacionado à capacidade em tamponar o ácido sulfúrico formado na oxidação que, se acumuladas altas concentrações, inibe a atividade dos micro-organismos que transformam S-elementar em S-sulfato.
- d) Concentração de nutrientes: o nitrogênio e o potássio mostram efeito supressivo sobre a oxidação em altas concentrações, pois sais inibe a oxidação.
- e) Tamanho da partícula de S-elementar: já em relação ao fertilizante, quanto menor a concentração de enxofre, maior a dispersão do elemento nos grânulos do produto e quanto menor a partícula de enxofre elementar, maior é a sua oxidação
- f) Temperatura: a temperatura ótima para oxidação ainda não está bem definida, mas observam que as maiores taxas de oxidação ocorrem entre 30ºC e 40ºC, e lenta ou quase nula em temperaturas inferiores a 5°C.
- g) Umidade de Aeração: as taxas máximas ocorrem com umidade próxima à capacidade de campo. Em condições de alto teor de umidade a oxidação é limitada por inadequada aeração, e a baixa umidade é limitada por insuficiência de agua para a atividade microbiana.
Considerando as propriedades do enxofre, podemos afirmar que a combinação de fontes, torna-se a melhor alternativa para o agricultor atingir altas produtividades.
Como a Brasfertil encara o enxofre na adubação?
A Brasfertil Fertilizantes, possui matéria orgânica associada em toda sua linha de fertilizantes. Desta forma, possui os principais fatores benéficos que afetam a oxidação do S-elementar:
- micro-organismos;
- matéria orgânica como fonte de energia aos micro-organismos;
- pH entre 6,0 a 7,0
- e menor concentração de sais que inibe a oxidação.
Garantindo a melhor taxa de oxidação do S-elementar a S-sulfato, que é absorvido pelas plantas.
Como os resultados foram excelentes, a Brasfertil Fertilizantes, investindo em tecnologias, lança a Linha TITANIUM, que tem como diferencial, as três formas de enxofre (S-elementar, S-sulfato, S-orgânico) em um único pellet, associado a todos macro e micronutrientes, melhorando a uniformidade em sua aplicação. Assim, garantimos o fornecimento do enxofre durante todo o ciclo da cultura, alto potencial produtivo, maior enchimento dos grãos e rentabilidade financeira ao homem do campo.
4 comentários
Amanda Dias · 29 de janeiro de 2022 às 16:19
Aqui é a Amanda Dias, gostei muito do seu artigo tem
muito conteúdo de valor, parabéns nota 10.
José Benedito Munhoz · 3 de abril de 2023 às 10:46
Muito bom
Você sabe quais são os benefícios do fertilizante organomineral? · 31 de agosto de 2022 às 15:06
[…] Leia também: A importância do enxofre na adubação […]
Análise do solo: saiba por que ela é fundamental para o sucesso da lavoura - Blog / Brasfertil · 10 de junho de 2024 às 16:50
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